letras narradas | 24.10.2013 | Paris, outubro de 2013

Paris, outubro de 2013
Sim, essa é a cidade dos sonhos.
Se existisse um "ranking", ela ganharia, com certeza…
Para mim, viver o seu cotidiano é ainda mais que um sonho.
Parece mais com realizar um destino...
E assim, nem ligo mais tanto para a torre que pisca todo dia e a qualquer momento, na janela que passei a chamar de minha, com a gentileza de seu "dono" amado. Passo a achar que "chique" é sentir isso…
Nem ligo mais tanto para tantas belezas suas, tão desejadas. Nem sinto mal por isso. Elas são inquestionáveis e eu já sei disso, com todo respeito. Que sejam, para sempre, muito bem preservadas! E que se mantenham sólidas na paisagem, mantendo o nível alto estético público, pois é assim o ideal, é assim que a vida merece, que todos merecem.
Ligo, muito agora, nas belezas do agora, o que é viver a condição de viver aqui, os desafios inerentes à qualquer lugar, desse nosso céu humano. A iminência do inverno, é um deles. A saudade, outro mais forte ainda, e que, com certeza, é sabido, aumenta com o frio...
A liberdade de ir e vir, as feiras, as "brocantes" (que amo!), o comprar alimentos, o fazer a comida, o arrumar esses espaços mínimos e tão máximos em afetos. Sinto-me repleta de tempo e espaço, descobrindo novas referências, novas possibilidades do belo, para além do óbvio e do já conhecido.
Ah! Apreciar as pessoas, na profusão de suas ruas, na profusão de suas origens, na profusão de suas profundidades e universos.
Sim, esse é um lugar em que me sinto ligada, conectada, principalmente, a mim mesma.
E nada é mais perfeito que essa conexão.
Paris, me amo aqui.