letras narradas | 24.09.2006 | Mentira

Mentira

Escrevo primeiro para mim, depois para o outro.
E nessa espécie de egoísmo, que permite contrários, me doo inteira e completamente, a mim mesma e a quem quiser me ler, qualquer que seja, revertendo o sentido do que é óbvio e conhecido, reinventando sensos e aceitando contrassensos, achados e perdidos.
Escrevo, comumente, como pessoa comum. E para o comum especial de qualquer um.
Escrevo o que se projeta no tempo e no espaço da minha mente.
Mente, mentira. Será a mente o tempo e o espaço da mentira?
Eu invento, não minto. E posso reinventar a mentira, na maneira que a sinto.

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