letras mínimas | 19.11.2012 | Eu nado no nada...

Eu nado no nada, sendo tudo.
 
 

letras narradas | 18.11.2012

Verdade
Eu tenho um amigo secreto que vem de outro planeta e aproxima-se de poetas. Sabe-se no universo: as poéticas tratam melhor a verdade...

letras mínimas | 14.11.2012 | Sensação de buraco no peito? Aproveite e espie tudo!

Sensação de buraco no peito? Aproveite e espie tudo!
 

letras mínimas | 05.11.2012 | Sem referência...

Sem referência não há reverência. Há tentação do plágio.

letras mínimas | 25.10.2012 | Revele o ser leve...

Revele o ser leve: releve.
 

letras mínimas | 24.10.2012 | Viver é...

Viver é condição heróica.


letras mínimas | 17.10.2012 | Em tempos de impurezas...

Em tempos de impurezas é prudente saber extrair.


letras mínimas | 16.10.2012 | Exemplo de eficácia:

Exemplo de eficácia: exemplo.
 

letras mínimas | 14.10.2012 | Na paisagem...

Na paisagem cinza urbana amarga, os pássaros ainda sustentam uma capital conexão banda larga...  
 

letras mínimas | 10.10.2012 | Arte, meu fim, sem fim.

Arte, meu fim sem fim.


letras mínimas | 09.10.2012 | Perguntaram ao poeta...

Perguntaram ao poeta: qual o mais belo poema de todos os tempos? Ele respondeu: o presente do indicativo do verbo amar.

letras mínimas | 24.09.2012 | Saiba que...

Saiba que a sua velhice está sendo escrita agora.


letras mínimas | 22.09.2012 | Elogiar

Elogiar é regar com palavras.



letras mínimas | 22.09.2012 | Desejo meu...

Desejo meu: o céu é seu...


letras mínimas | 04.09.2012 | Reflita: dome o medo.

Reflita: dome o medo.
 

letras mínimas | 16.07.2012 | Mente serenas

Mentes serenas compreendem inícios e fins, apenas e sem penas.

letras mínimas | 27.04.2012 | Eu não conto...

Eu não conto... eu poesia, ponto.
 

letras mínimas | 18.04.2012 | Eu sempre morei...

Eu sempre morei no céu.
 

letras mínimas | 08.04.2012 | Somos o que somos...

Somos o que somos, porque foi assim.
 

letras mínimas | 05.04.2012 | A saudade...

A saudade faz-me reverenciar bancos de praça vazios...


letras mínimas | 29.03.2012 | Escrevo-me...

Escrevo-me, livro-me.
 

letras mínimas | 11.03.2012 | Não há linha...

Não há linha do tempo sem nós.
 

letras mínimas | 10.03.2012 | Toda volta...

Toda volta é uma revolta.
 

letras narradas | 25.01.2012 | Em tempo...


Em tempo
De repente metaboliza-se o tempo.
Tudo passa pelo processo as vezes essencial da indigestão, pedaços de proporções adversas engolidos rapidamente, forçosamente exigindo regurgito, sem possibilidades de absorção, sem ainda ciência de que ruminação não é condição pro humana, pro humano, pro sabedoria de ações que levam à serenidade.
De repente, o entendimento da solidão como condição de todo ser; e não ser estado transitório, compulsório ou arbitrário de apenas alguns.
De repente, a visão nítida de que antagonismos são necessários para manter vivo o que acredita-se. Não é possível aniquilar forças antagônicas, a não ser parcelas destas, pela ilusão de um todo. Mas, contudo, todavia, porém.
De repente, a ideia de fim sem começo se mescla com a ideia de começo sem fim e resulta no aceite de que tudo está certo do jeito que está“ (como diz lindamente certo instrutor de Yoga) e tudo faz parte da evolução fatal.
Não foi tarde, foi no tempo certo. Ainda que essas palavras possam sugerir que certas descobertas poderiam não ter sido assim tão tardias, podem também vir a surtir efeito em alguma alma leitora, permitindo a tal momentânea e satisfatória ilusão de ganhar tempo...
O tempo, esse que sempre será senhor de todos espaços.
Curvo-me a ele, em tempo, querendo ser como ele quando crescer, ao sabe-lo assim, ternamente, nada linear e eterno.